segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Um modo muito especial de ver fotografia




Deficiente visual fotografa? E como! Evgen Bavcar que o diga, ele é o autor dessa fotografia. Ele é deficiente visual e fotografa, sim, como podemos ver aqui e nas inúmeras exposições de suas fotografias pelo mundo afora. E felizmente ele não é o único.
No SENAC, em São Paulo, há o projeto Alfabetização Visual(1) dentro do qual, entre outras propostas, está a atividade com deficientes visuais. São dadas a eles orientações de como fotografar e, não sei se a reportagem que assisti há umas semanas no SBT Repórter era desse pessoal, mas pude me emocionar muito com um rapaz que ensinou o repórter a fotografar com os olhos fechados. Tem um procedimento muito eficaz. Na foto de Evgen dá para ver algo que faz parte da técnica, isso de colocar a mão sobre o que se vai fotografar e depois deve-se afastar alguns passos para trás e só então posicionar a câmera junto ao rosto e acionar o disparador.
Só que  vão ter de me desculpar, devo retomar o ver fotografia porque, em meu entusiasmo em mostrar um vídeo com uma notícia que acho bárbara e que foi o que me moveu a escrever meio rápido, pero no mucho, estou me afastando do tema há algumas linhas do texto, vou retomá-lo.
Fico tão feliz quando a tecnologia permite a inclusão de mais pessoas nas coisas boas da vida! Ver fotografia é uma delas






_______
1. Gostaria de poder informar mais sobre esse projeto, como se pode ter acesso a ele e outras mais, vou ficar devendo, mas vou encontrar e coloco no blog assim que possível. Soube do projeto agora há pouco. Bem, há um link para uma página onde se fala de como são orientados e sobre uma exposição de que os novos fotógrafos apresentaram suas fotos: Morumbi recebe exposição do projeto Alfabetização Visual do SENAC


ML_  A fotografia de Evgen Bavcar tem como título A Close Up View. A fonte é THE ARTS BLOG 
Foi perfeito tê-la encontrado e não resisti em descrever o procedimento que vi no programa. Evgen deve ter a ver com essas atitudes de valorizar o deficiente visual. Foi o primeiro fotógrafo como ele de que soube e fiquei maravilhada! Agora que comecei a fotografar o que ele e outros fotógrafos fazem  adquiriu uma importância maior e saber mais a respeito do fazer de todos eles, videntes ou não, se tornou mais do que necessário e é uma aprendizagem de muito mais do que fotografia mas de vida mesmo, incluindo doses maciças de respeito pelo outro, pelo sonho e a realização do outro e do que é meu também.
Em tempo, aqui vai o link da reportagem do SBT Repórter, não vi inteiro na tv  e também vou aproveitar SBT Repórter mostra como é a realidade dos cegos no Brasil

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Recomendo_Papel de bala

image

De verdade, o assunto é papel de bala. A gente come a bala e nem olha direito para o papel, não é? Mas tem arte em cada balinha rápida ou lentamente apreciada, pode crer!

E no Museu Paulista da USP, certamente mais conhecido como Museu do Ipiranga, vamos poder olhar mais atentamente para esses papéis que foram cuidadosamente decorados para atrair nossos olhos. E que, como dá para ver acima, nem sempre tinham explicitamente o sabor sequer insinuado, os motivos não eram óbvios. Não dava para saber se era de morango ou abacaxi, como o das balas dentro do pote que fica sobre o balcão de minha sala de jantar

image

e pensando bem, esse papel é engraçadinho!

Os papéis de bala na exposição são antigos. Ainda não fui visitar, mas me parece bastante convidativa para quem é curioso sobre o que se fazia antigamente, se interessa por arte visual ou em saber de mais algumas das  milhões de maneiras que o ser humano inventou de oferecer beleza, graça, enfim, uma imagem para nossos olhos.

Exposição PAPEL DE BALA

Museu do Ipiranga | Museu Paulista

Parque da Independência, s/nº

São Paulo, SP

Tel. 11 2065 8001

Visitação: até o dia 20 de março, de terça a domingo, das 9 às 17h
Ingressos: R$ 6,00 - estudantes R$ 3,00